Entre a Arquitetura e a Arte

Edo Rocha: entre a arquitetura e a arte

Para Edo Rocha, a arquitetura nunca foi apenas técnica. Desde o início de sua carreira, ele compreende o ato de projetar como um gesto também estético, intuitivo e expressivo. Seu trabalho revela uma visão ampla da criação: entre o concreto da construção e a liberdade da arte.

Fundador do escritório Edo Rocha Arquiteturas, o arquiteto já transformou marcos urbanos em São Paulo e em diversas cidades do país. Além disso, há um lado artístico de sua trajetória: a produção artística autoral. Pinturas, colagens, fotografias e composições visuais fazem parte de um acervo criativo que já foi exposto ao público e registrado em diversos livros, jornais, reportagens e revistas.

Arte e arquitetura: dois caminhos que se cruzam

Para Edo, arquitetura e arte não são opostas. Pelo contrário, uma alimenta a outra. Ao pensar a forma de um edifício, ele considera mais do que a função: busca ritmo, harmonia e emoção. Enquanto isso, ao produzir obras artísticas, aplica o mesmo rigor e atenção aos detalhes que guiam seus projetos arquitetônicos.

Essa interação é natural. Ele frequenta museus, dialoga com a história da arte e viaja com o olhar sempre atento às texturas, cores e formas do mundo. Desse modo, cada experiência estética é incorporada ao seu processo criativo — seja em uma planta baixa, seja em uma tela.

Uma assinatura visual reconhecível

Os projetos arquitetônicos assinados por seu escritório têm algo em comum: proporção, elegância e clareza. Mesmo em obras complexas, Edo busca soluções simples e potentes. Essa abordagem, por sua vez, se reflete também em sua arte, onde a geometria, o equilíbrio visual e o uso consciente do espaço são marcas evidentes.

Apesar disso, as diferenças entre os suportes são respeitadas. Ainda assim, há uma unidade conceitual entre a arquitetura e a arte. Ambas se entrelaçam em uma prática contínua de observação, composição e invenção.

Criar como forma de viver

A produção artística de Edo Rocha já foi apresentada em exposições individuais e coletivas. Suas obras não seguem um único estilo. Elas exploram possibilidades, atravessam técnicas e desafiam o olhar. Em todas elas, no entanto, há uma constante: o interesse pelo espaço, pela luz e pela composição.

Para ele, a arte não é um exercício à parte. Pelo contrário, é parte essencial da vida e do trabalho. Ela amplia o campo da arquitetura, permite novos experimentos e fortalece o pensamento visual. Por isso, seus projetos se tornam mais do que soluções funcionais — ganham densidade, simbolismo e alma.


Criar espaços é, acima de tudo, contar histórias.
E para Edo Rocha, essas histórias nascem da união entre o rigor do arquiteto e a liberdade do artista.

Por Edo Rocha Arquiteturas