Conforto na Arquitetura e no Design
Edo Rocha Arquiteturas | Em uma conversa informal com amigos, surgiu a questão do que é o conforto e de como o arquiteto lida com essa questão ao desenvolver os seus projetos. Durante aquela conversa, deparei-me com a ideia e o desafio de escrever um artigo sobre o tema do conforto na arquitetura e no design. Quando comecei o texto, vi que não se tratava de elaborar um artigo, mas sim de um livro inteiro.
A palavra conforto tem um significado aparentemente simples quando mencionada, pois nos acostumamos ao seu uso coloquial. Mas seu significado real encerra tantas complexidades que apenas um artigo não poderia ir além do superficial. Considero que, por já termos nos habituado ao termo, na maior parte das vezes simplesmente não percebemos a verdadeira realidade do conforto, ou do desconforto, ou, ainda, do não conforto.
Tive, assim, a ideia de convocar vários arquitetos, para que cada um escrevesse uma parte de um livro com suas opiniões a respeito do tema. Pensei, contudo, que essa solução poderia trazer ainda mais desconforto, pois correria sério risco de não guardar coerência e, dessa maneira, lançar os leitores em confusão, por simples falta de unidade nas explicações do conceito.
Então arregacei as mangas e comecei a procurar o que havia na literatura. Na verdade, percebi que os livros eram muito mais técnicos que conceituais, e foi pelo caminho conceitual que optei.
A intenção foi discorrer de forma ampla sobre o assunto, a fim de dar a medida de que a aparente simplicidade da palavra traduz, na verdade, uma das mais complexas percepções do ser humano. Esse questionamento revela, ainda, a potencial complexidade de sensações e compreensões que a arquitetura e o design podem nos trazer.
O objetivo é transmitir uma compreensão ampla dos muitos vetores que influenciam essa sensação e de como as várias culturas e indivíduos trabalham sobre essa percepção. De outro lado, este livro não fala apenas sobre a arquitetura e o design, mas de como essa percepção funciona para o ser humano e de como este assimila o conforto quando relacionado a tais elementos. Outro fator importante é perceber como as tecnologias e as invenções contemporâneas transformaram nossas vidas e de que maneira alteraram sensivelmente nosso entendimento do conforto.
Conforto nada mais é que o conjunto da percepção física e psicológica de todos os sentidos, quando o corpo humano se integra com harmonia aos espaços, aos ambientes e aos objetos. A soma dessas experiências, aliada ao chamado “gosto pessoal”, consolida os conceitos de conforto, desconforto ou não conforto. Edo Rocha
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